Ser feliz, só há uma coisa a fazer para se ser feliz

Ser feliz! Inevitavelmente, hoje, Dia Mundial da Criança, e também 10º aniversário da minha querida sobrinha Leonor, eu reflito sobre a Felicidade, sobre olhar a vida com o pulso da minha decisão: SER FELIZ! E sobre as crianças que são quase sempre felizes! E, a par da minha curiosidade tanto quanto do meu propósito de Empreender a Vida, precisei de descobrir como se faz. Sim, como se faz acontecer a felicidade.

E, pelo que descobri, só há uma coisa a fazer para se ser feliz. 

SER FELIZ, SÓ HÁ UMA COISA A FAZER PARA SE SER FELIZ

É utópico? Até já cansa? Não, nem pensem nisso. Nunca me cansarei de falar sobre Felicidade. Sobre Ser Feliz. É como uma missão, e a minha é esta. É urgente trazer clareza e conhecimento sobre como tudo isto acontece. Adiante verão, está tudo dentro de nós!
Nos últimos dois meses passei parte do meu tempo em silêncio, em reflexão, em meditação. Só. Uma escolha, portanto. Em momento algum, nesse pequeno lapso de tempo, me senti infeliz. No entanto, passava (passo) por um momento de grande transformação em que as perdas são inevitáveis, os desafios se fazem gigantes, eu me sinto pequenina, por isso, um momento propício à infelicidade.
Então, que segredo é esse, como só há uma coisa a fazer para se ser feliz? 
Sem alternativa, por escolha, repito, entregue a mim e aos meus pensamentos de alegrias, demónios, medos, mágoas, sorrisos, vi-me frequentemente perante estados de grande felicidade interna. Quando me dava conta de tal situação, parava. Parava e ficava simplesmente quieta.
Não tinha nenhuma intenção especifica. No entanto, intencionalmente, entregava à energia daquele momento, dos dias que ainda viriam, a sabedoria com que me estava a gratificar. Abraçava com profunda gratidão as respostas que surgiam e que eu tanto necessitava.
Suponho que é disso que falam, quando falam de FLOW que traduzindo poderia ser correnteza, como a dos rios.

SER FELIZ, SÓ HÁ UMA COISA A FAZER PARA SE SER FELIZ

Quando dou apoio escolar aos meninos e meninas e lhe explico o ciclo da água é isso que lhes tento transmitir, que a vida é uma correnteza, que segue o seu caminho, aconteça o que acontecer, e que, constantemente, volta ao início, recomeçando tudo de novo. Acho que é isto o que me está a acontecer. Sem travar o que é impossível de travar, passando por cima, pelos lados, por baixo de todos os obstáculos para, de novo, recomeçar tudo outra vez.

E aqui que me prendo em algo que li recentemente e que não sai da minha cabeça …
Só há uma coisa a fazer para se ser feliz …

Que o diz é Mo Gawdat, engenheiro da Google, que estudou sobre o que nos faz infelizes e desenhou uma equação.  Ah, e tem um projecto ambicioso, fazer mil milhões de pessoas felizes. Sim, um bilião de pessoas felizes. Sim, muita, muita, muita gente feliz. Porquê?

SER FELIZ, SÓ HÁ UMA COISA A FAZER PARA SE SER FELIZ

Porque todos, TODOS, um dia fomos profundamente felizes. Segundo Mo, fomos felizes quando não tínhamos expectativas. Quando as nossas necessidades básicas eram satisfeitas e não tínhamos consciência de mais nada. Quando éramos bebés. Vejamos:

Como é que descobrimos a felicidade dentro de nós?

Voltemos ao exemplo da criança: quando fica com a fralda molhada, chora; quando mudamos a fralda, volta a ficar feliz. O que aconteceu é que lhe tirámos a razão da sua infelicidade. Na minha pesquisa [para descobrir a equação da felicidade] descobri que só há uma coisa a fazer para ser feliz: parar de ser infeliz!

O quê? Isto é que nos faz ser felizes? Pois é, e nada mais. Nem adianta argumentar. Querem ver.

Isso não é difícil?

Parece que é difícil! O que é preciso fazer é tornar a felicidade “a” prioridade. Ou seja, é preciso que a pessoa decida que quer ser feliz. É preciso parar de acreditar nas promessas vazias do mundo moderno. Parar de acreditar que o sucesso, o ego, a imagem, os gadgets ou o dinheiro são mais importantes do que a felicidade.

E, aqui, entramos no momento negação. Claro que ele, o Mo, engenheiro da Google é um privilegiado, tem dinheiro, tem uma vida fácil. Bla, bla, bla, bla …

Fui muito feliz até aos 23 anos, depois deixei de o ser, embora tivesse a minha família e fossemos muito felizes. Aos 29 anos tornei-me tão bem sucedido, rico e tinha uma mulher linda e fantástica, dois filhos maravilhosos e sentia-me miserável, deprimido. E isso não é assim tão raro.

Mo perdeu o seu filho de 21 anos, Ali, por causa de um erro médico numa operação de rotina. E perder um filho deve ser, é por certo, a maior dor que um ser humano pode enfrentar. É o acontecimento anti-natura. É a culpa de não se ter feito tudo. De não se ter dito tudo. Enfim, em última instância, a metáfora da infelicidade.

Aí está, pensam, agora ele vai ser infeliz para sempre. A dor que o trespassa provocando um sofrimento atroz.
NÃO. AÍ, É QUE ESTÁ A DIFERENÇA DE TUDO.

SER FELIZ, SÓ HÁ UMA COISA A FAZER PARA SE SER FELIZ

Na expectativa que se cria perante o acontecimento, a meu ver, tanto pode ser passado como futuro. Simplesmente, permitimo-nos-nos pensar na dor que nos chega dos acontecimentos que ocorrem na nossa vida e permitimos-nos sofrer que será o estado interno provocado pela dor.

Para minha clareza e consciência, dá-se o conhecimento.

Tenho de controlar o meu cérebro, é isso?

Sim, quem comanda somos nós. Eu tenho um contrato com o meu cérebro: ou me dá um pensamento feliz ou ou me dá um pensamento útil, não quero que me dê um que me faça ficar sentado uma hora a sentir-me horrivelmente.

Vou dar um exemplo triste, como sabe, eu perdi o meu filho Ali [em 2014] e o meu cérebro começou a falar comigo e a dizer-me: “Nunca mais vamos ver o Ali, devias tê-lo protegido, levado para outro hospital.” Horas e horas a pensar no mesmo e depois eu disse ao meu cérebro: “O que é que eu posso fazer agora? Podes dar-me alguma coisa que eu possa fazer? Não me dês o problema, mas a solução.” E o meu cérebro desapareceu por umas horas e regressou com a proposta de escrever este livro. Um pensamento útil que não traz o meu filho de volta, mas que torna a sua perda mais suportável. Todas as manhãs, acordo e sinto a sua falta. O meu cérebro lembra-me que Ali morreu e eu digo-lhe: “Ali viveu 21 anos maravilhosos, ele era a pessoa mais feliz e trouxe tantas bênçãos e alegrias à nossa vida.”

E quando o digo, o meu cérebro começa a lembrar-se dos momentos em que Ali e eu rimos, em que tocamos, tudo memórias válidas, mas que são também pensamentos felizes. Portanto, sou eu que estou em controlo, eu digo ao meu cérebro o que quero que ele faça.

Claro está que não há bela sem senão. O cérebro não é tão domável como gostaríamos que fosse. Ainda bem. E por instintos de sobrevivência lembra-nos da nossa míserabilidade, assim como da dor da infelicidade. Mas, é também certo, que só assim sabemos o que é a felicidade..

Não há momentos em que o cérebro vence?

Absolutamente. É um mecanismo de sobrevivência, é importante que sintamos a dor da infelicidade. Há uma diferença entre dor e sofrimento. A dor vem do exterior – eu perdi Ali, eu sinto dor. O sofrimento é eu fechar-me e ficar a pensar no mesmo para o resto da vida. Até tomar uma acção nada vai mudar. Se o que estamos a fazer é inútil, porque continuamos a fazê-lo? Temos de conhecer as nossas emoções e quando algo não está bem, saber o que é preciso mudar.

E neste estado de consciência, da necessidade real da mudança, que assumimos a responsabilidade da nossa vida. E, regressando ao tema, aqui está.

SER FELIZ, SÓ HÁ UMA COISA A FAZER PARA SE SER FELIZ

E é nesse momento que encontro a felicidade?

No momento em que mudamos de pensamento, em que agimos, já não estamos infelizes. Mas há coisas que nos acontecem que não podemos remediar. Ali morreu e não há nada que eu possa fazer. Então temos de aceitar e comprometermo-nos. E isso é o mais interessante: comprometermo-nos é tentar fazer algo para que o mundo seja melhor. Não vamos consertá-lo, mas melhorá-lo. É o que estou a fazer, a tentar fazer as pessoas felizes e a tentar fazer com que a vida valha a pena.

Bem, quanto a vocês, espero que tenham gostado como eu. Eu gosto de mergulhar fundo na razão das coisas. Aceito o que me chega, bom ou mau, desde sempre. Sem pensar, nem saber como. No entanto, hoje, onde o infelicidade tantas vezes me bate à porta, eu escolho, eu decido, eu sou feliz.

SER FELIZ! SÓ HÁ UMA COISA A FAZER PARA SE SER FELIZ

É PARAR DE SER INFELIZ

E, claro, não poderia deixar de ser com AMOR. Porque o amor é o fundamento de tudo.

Sem amor não há felicidade?

O amor é tudo o que precisamos. Sabemos que o amor existe porque o sentimos, mas é difícil convencer as pessoas em termos científicos porque não temos forma de o medir.

Nem precisamos. Basta sê-lo, senti-lo e espalha-lo. Tudo o resto cresce, multiplica-se e vem de volta.

Porque eu acredito que, se acaso dúvidas tiveres,

 Quando a viagem começa dentro de ti, o mundo aguarda-te.

E é isto, este é um dos caminhos percorridos em busca da felicidade. Do mesmo modo que eu vou continuar por cá nas Viagens da Helena, também te aguardo numa viagem do Programa Universo 7. Agradeço o teu tempo. Espero do fundo do coração que tenhas gostado. Enfim, espero que te tenhas sentido acarinhado.

Um abraço,

Helena

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PS: As fotografias escolhidas são de um momento muito feliz na minha vida, (re) começo de todo este caminho consciente percorrido até agora.

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