No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

Chegava a hora de deixar o esperado e partir para o apenas imaginado. Embarcava no ferryboat Dorival Caymmi, de novo no mar,  e isso era já de si um bom prenúncio!

No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

O ferry ia cheio de carros, motas, camiões, mercadorias, mulheres, homens, crianças. Uns iam a trabalho. Outros a passeio. Ia cheio de vida!

No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

A viagem de Salvador a Itaparica duraria cerca de uma hora e a conversa fluía solta partilhada entre sorrisos amigos.

No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

O regressar ao mar foi por instantes nostálgico e fez-me retroceder nos dias. Afastei as lembranças e dispus-me ao presente. Aqui estava no Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

Partiria depois de carro com o Fábio que me iria levar de Bom Despacho a Valença, percorrendo a BR1, pela Costa do Cacau, com o verde da mata atlântica sempre ao nosso lado, durante duas horas. O tempo era contado e valeu-nos a estrada, boa e desimpedida.

Chegados a Valença, corri para a bilheteira onde comprei o bilhete de ida e volta, de barco a motor, o último para Boipeba. Eram quatro horas.

Enquanto isso, fui recebida por um Carnaval improvisado por alunos que festejavam o fim do ano escolar! E aí lembrei-me dos meus alunos, que ficaram, e que preparavam o início do deles. Onde quer que se vá, leva-se sempre quem se deixa.

No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

A tarde estava a meio e de novo embarcava. Agora num barco pequeno a motor que me levaria ao paraíso. Eu sei, eu sei, a palavra não se usa porque, na verdade, é uma evidência. Mas eu vou usá-la na mesma!

No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

Tudo à minha volta começava a ser surreal. Era o Brasil. Sim, era. Mas não era o Brasil onde até agora tinha estado. Aqui o tempo parara. Aqui ninguém tinha pressa. Aqui viajava-se de barco para se chegar e não havia horário alargado, nem meio alternativo. Aqui começava o paraíso (ou não, mais à frente explico!).

No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

Para já, queria sentir o vento no rosto, a água salpicar nos meus braços, o resto de sol que me aquecia, e deslizar a toda a velocidade pelas águas serenas que me levariam a Boipeba. Nunca ouviram falar?

No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

Nem eu, até há uns tempos atrás. Agora que chegava começava a perceber que Brasil era este.

No Ferryboat Dorival Caymmi de novo no mar

O cansaço deste longo dia fazia-se evidente neste instante. Mas muito ainda me iria surpreender. O impensável estava tão perto!

mh

 

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