Este texto foi escrito há seis meses. No dia de anos da minha mãe. A 18 de dezembro de 2016. Recordei-o hoje porque tenho esta mania de saber de onde venho e para onde quero ir. Passou assim meio um ano. 2016 foi um ano vivido. E eu sei o tanto que fiz. Foi um ano daqueles que não acaba mais.
Daqueles que Janeiro parece ter sido noutra vida.
Foi assim que começou. Com chuva. Triste. Percebi logo ali. Naquele 1º de Janeiro. Nada ia ser como no ano anterior. Este ia ser um desafio. E eu estava pronta para o enfrentar.
Fevereiro devolveu-me a esperança na vida preciosa de mais uma das minhas. Guerreira, a mãe. A filha, uma promessa de luta. Nesta que se apresenta incrivelmente bela mas dura, a vida!
E Março, ah Março, a certeza do meu propósito … viajar … mês de primeira vez.
De voar. De ir, vir, voltar.
Sempre com eles. Sempre.
E regressar. Regressar ao Brasil na mão de um anjo de luz. Do improvável se tornar certeza.
De futuro. De amanhã. 2016 foi um ano de grande viragens. De retrocessos também. Foi um ano de parcerias incríveis, impar de feitos e decisões. Não começou ontem. Não. Ninguém chega aqui assim. De repente. Há um caminho a percorrer.
Esta história é longa.
Eu sei o tanto que fiz. Lembrei-me …
De como o ano de 2016 começou há 25 anos e de como precisamos de tempo para compreendermos tudo o que a vida nos tira, nos troca e nos dá!
Quando caí? Quando chorei? Quando quis desistir? Quando me ajoelhava a rezar pedindo paz e luz? Quando ri até às lágrimas com o primeiro sim (depois de trinta nãos)? Quando um e outro e depois mais um se afastaram julgando ser demais, loucura a mais? Quando pagava uma conta em detrimento de outra também em divida? Da palmada nas costas, de desprezo e desdém, perguntando então? Então, já ganhaste juízo?
Do que não foi (pois nada sabem do que foi). O caminho foi solitário. Mas ao meu lado tive os melhores. E a esses a minha eterna gratidão. Sem eles, e foram tantos, nunca teria chegado onde estou.
Descobri com eles a minha verdade. A vida sempre me deu mais do que me tirou. Eu sei o tanto que fiz.
Agora sei que a maior viagem que farei é dentro de mim. Agora é tempo de agir. Agora vou contar o que ninguém me disse. O que descobri sozinha. Que a resposta a tudo está dentro nós mesmos e que tudo a que nos propusermos é possível.
Agora vou transformar o impossível no possível.
mh
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