Os meus dias pela Bahia, por Boipeba, pelas barracas da Barra e dos homens a venderem redes de baloiço
“Cabe dois coração batendo apaixonado e ainda dois mocotós … É de família mesmo!”
pelas areias de Tassimirim, da beleza da Cueira, da serenidade de Moreré, de Bainema ao longe, do Mangue reino imaginário e dos segredos dos Castelhanos chegava ao fim, era hora de me vir embora. De deixar o sonho tornado realidade na memória dos meus sentidos, da minha pele, do meu cheiro.
Toda esta viagem foi marcada pelo mar, pela imensidão, pela plenitude. Sabia tão bem a diferença do antes e do agora. Os desafios colocavam-se e eu não lhes podia virar costas. Seguia mar fora até ao meu destino, com nova rota traçada por mim.
Restavam-me três dias no Brasil. Não gosto de sensações de despedida mas a dor da saudade antecipada já se fazia sentir. Mas tinha também a sensação de ter feito acontecer, e essa era superior a qualquer tristeza.
Partia de coração cheio, sabia que voltaria. Esta terra está-me no sangue e na alma.
mh