Tolerância, o terceiro valor.
A minha missão é Contar a minha história. Inspirar os outros. Empreender vidas. Estes são os valores que me regem e me definem. São sete. A Gratidão. A Generosidade. A Liberdade. A Confiança. A Esperança. A Transcendência.
O valor da Tolerância, dentro dos meus limites, é sem barreiras.
Tolerância é, sinto-o, um dos valores mais esquecidos num mundo de liberdade impar como a que se vive hoje. Conquistamos a democracia, a igualdade de género, direitos universais, liberdade de expressão, livre arbítrio. E, no entanto, vivemos presos a paradigmas que nos impedem de aceitar o outro tal e qual ele é e quer ser.
Tolerância.
Preto novo. Branco baixo. Homem bonito. Mulher velha.
Gay alto. Transexual católico. Professor muçulmano. Ateu casado. Varredor de ruas remediado.
Intelectual a pé. Piriguete na feira. Vegetariano de carro. Solteiro feio. Mãe chata. Pai rico.
Velho pobre. Filme de terror. Teatro comédia. Tv sanguessuga. Concerto clássico.
Pé perfeito. Dente torto. Zoológico sem jaulas. Varanda com flores.
Trinar fado. Sambar na roda. Rock and roll inglês …
todos têm lugar em mim.
Nem sempre foi assim! E de certo hoje é menos do que será amanhã. Mas eu caminho para a Tolerância de todo aquele, que como eu, busca a felicidade. Nas coisas simples.
Claro que, noutras circunstâncias, sou intolerante. Sou feroz. Não aceito. Atormento-me perante a realidade atroz. Aí não tolero. Intolerância eu tenho contra o crime, o roubo, a violência, a guerra, a corrupção e tudo o que prejudique directa e aleatoriamente os inocentes que nada fizeram para sofrer a injustiça. Mas eu prefiro ser tolerante.
Quando iniciei este caminho já sabia que a diferença de cada um perante o outro é o que nos distingue. É o que nos acrescenta. E a aceitação do outro é também o caminho para a empatia e a compaixão. A cada dia que passa aprendo e sinto em mim mais e mais tolerância.
É que das suas dores sabe quem as tem, e nós, os outros, seremos bem mais humanos se soubermos ouvir, compreender e aceitar. Só.
mh