Da Cachoeira da Pancada Grande até chegar a Salvador demorou tantas horas que o cansaço tomou conta de mim, entrei em piloto automático, cheguei ao Novotel, tomei um banho, nem jantei e logo dormi. Quando dei por mim, já havia acordado, tomado café da manhã e ido para o Luis Eduardo Magalhães para embarcar para o Rio, mas pelo meio ainda iria a São Paulo.
Ao deixar Salvador fui brindada com este azul turquesa de um mar salgado quente que namorou os meus sentidos.
E chegava, ao fim de um par de horas, a São Paulo, esta selva de pedra que engole gente e nos devolve arte de todas as formas.
E sem tempo de me embrenhar na terra da Garoa, logo levantava voo de Congonhas rumo ao Rio de Janeiro. O aeroporto partilha a cidade com as ruas vizinhas mesmo ali ao lado. E de cenários improváveis se fazia este instante.
Em menos de uma hora, dos céus via toda a região dos lagos que me anunciavam a bela cidade maravilhosa.
Sentia-me invadida de uma alegria. Acho que é a alegria de quem chega a casa.
A ponte que une o Rio a Niterói lembrava-me que tinha uma meta a cumprir.
E depois o mar, o azul, as montanhas, o verde, o sol, o amarelo. O Brasil.
Aterrava no Rio de Janeiro no Santos Drummond que me oferecia, pelos ares, a mais estonteante natureza urbana do mundo. Para mim, não há outra igual. Mesmo que eu não conheça as outras.
mh