Roupa Branca, um bem desnecessário

Eu vim para esta viagem carregada … confesso, não consegui reduzir tudo o que queria! Tal era a zona de conforto, antes de partir, que eu necessitava ter. Ridículo? Talvez! MAS O PIOR FOI A ROUPA BRANCA!

ROUPA BRANCA

A Samsonite pesava exactos 22,8kg dos 23kg permitidos. Além da mala de computador que pesava para aí uns 10 kg (não me perguntem com quê?!)

Trouxe tudo o que entendi que ia usar … Segue a lista ….

A roupa a usar, no outono solarengo, em Lisboa e, na tropical e húmida, Las Palmas resumia-se a 1 casaco de ganga, 1 par de calças brancas, 1 saia preta, 2 camisas, 1 camisola, 1 lenço e 1 par de sapatilhas. O que pude despachei para o Porto e o tudo o resto não mais saiu da mala. Bem, quase tudo pois houve o que saísse e não mais voltasse!

Para os longos dias que se seguiam, quer a bordo do navio, quanto nas várias paragens pelo Brasil, é que me alarguei …

1 vestido elegante (que ainda não usei mas vou usar num aniversário especial)
3 vestidos longos de malha (que usei e abusei e são a melhor opção)
2 vestidos curtos (que são frescos e práticos)
1 túnica de piscina (tipo diva hollywodesca … adorei!)
1 macacão curto branco (era um dos meus preferidos)
1 macacão comprido estampado (que vai merecer uma história, usei e usei porque adoro tudo o que traz consigo!)
5 calções short do branco ao azul marinho (indispensáveis)

3 saias longas (que me deixam muito senhora de mim!)
12 blusas, tops, t-shirts (pois nunca são demais e usei-as todas!)
Vários biquinis conjugados com shorts
4 pares de sabrinas (ok … sem comentários!)
1 sapatilhas (devia ter trazido outras !!!)
1 sapatos de borracha (a minha salvação)
3 cintos (dispensáveis mas que compõe o visual!)
3 casacos de malha (achava que PODIA estar frio mas um rendado salvou-me, certa vez, de um valente escaldão)
3 malas de mão (confesso que usei duas, uma para o navio essencialmente, e outra na rua já no Brasil, com esta fui assaltada em Salvador – mas é história para outro dia … a terceira não sei onde estava com a cabeça)

Alguns lenços, brincos e roupa interior

Parece muito, mas não é!

E ainda assim tive que mandar lavar e aqui, bem aqui tudo se precipitou numa certeza: se tens vais usar, se não tens nem te lembras!

Para a lavandaria mandei toda a roupa branca que tinha usado e que precisava de frescura: calças, calções, macacão, top, t-shirt. Demorava 24 horas, era bem baratinho e depois tudo ficaria fresquinho para de novo usar.

Demorou mais que o previsto mas eu nem reparei … quando chegou ao quarto, arrumaram no armário e pronto. Até que no dia seguinte, retirei os plásticos das cruzetas e me deparei com toda a roupa branca amarela, castanha, creme entre outros tons manchados não identificáveis! Fiquei perplexa e desgostosa: como podia estar no Brasil sem a minha roupa branca?

O hotel foi absolutamente responsável na atitude que teve, prontificando-se de imediato para de novo lavar e, caso não resultasse, indemnizar em 10 vezes o valor da lavagem e da passagem.

Claro que quem ficou no prejuízo fui eu pois não tinha a minha roupa de boa energia para vestir. Mas, no fim, percebi que branca, preta, azul, vermelha que fosse a roupa, não importa.

A energia está dentro de nós e a indumentária não nos define, nem nos muda, para o bem ou para o mal. Nem a roupa branca.

Uma das muitas lições de desapego que aprendi!

mh

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