Planear a Viagem é obrigatório. Planear q.b. mas ainda assim preparar-se para o que vai viver! O incerto e desconhecido é garantido. Por isso, deixo-te dez conselhos imperdíveis para quem vai viajar e que planear a Viagem!
Os conselhos, já se sabe, se fossem bons, não se davam, vendiam-se! Ainda assim, creiam que reuni estes dez conselhos com a melhor das intenções e apoiada na minha experiência de viajante de primeira viagem!
PLANEAR A VIAGEM | DEZ CONSELHOS IMPERDÍVEIS
#1 – Planear a Viagem deixando lugar para o Inesperado
Planear uma viagem passa como sabes por definir os locais a visitar, estudar os lugares que queres conhecer, marcar os vários transportes e alojamentos, levar meia dúzia de dicas e, por fim, definir a data de partida.
Mas há algo que não conseguimos planear. No caso, o Inesperado!
Eu não fiz assim muitas viagens, mas as que fiz foram memoráveis. E, em todas, sem excepção, o inesperado aconteceu!
Creio que a maior parte das muitas memórias que tenho fazem parte de momentos partilhados. Quando, de repente, à mesa se juntam amigos de ocasião! Quando num passeio te apercebes do recanto perfeito para se tornar especial para ti! Quando num museu te comoves até às lágrimas com a beleza!
Lembro-me, num Agosto quente, em Barcelona, de ir a um restaurante, lá para os lado de Lloret del Mar, que ficava num mosteiro e que era imperdível! Pensei que nada me atraía menos que aquela zona balnear, mas arrisquei. Confesso que o desespero tomou conta de mim ao ver as toalhas de praia, de gosto duvidoso, penduradas nas varandas junto com a música techno debitada aos berros e jovens ingleses, ávidos de loucura, escaldados de sol, encharcados de vodka, e dispostos a tudo para viverem o momento sem limites. A vontade era dar meia volta e fugir dali.
Até encontrar a placa Sant Pere del Bosc, que me guiava a caminhos divinos, mas eu ainda não sabia.
Subi, subi, subi sem nada ver que não fossem arbustos secos de uma coutada até, de repente, encontrar a entrada do mosteiro e tudo se transfigurar. O terreno árido e despido dava agora lugar a uma horta viçosa cheia de aromas, que se sentiam à passagem, e ao fundo o edifício catalão, de estilo modernista em pedra, outrora local de culto e oração, agora transformado num aprazível e delicado hotel e restaurante com vistas para o vale.
A refeição em si não me recordo, mas sei que as sensações de prazer e degustação foram intensas.
Mas, sem planear, foi aquele ocaso inesperado, quente como são os fins de tarde no mediterrâneo, que luzia ao fundo, azul e cristalino, que se tornou inesquecível!
Certa vez, numa ida a Itália, num romântico passeio pela Toscana, fui dar a Lucca, mais precisamente à Corte San Lorenzo, no centro, e no rescaldo da leitura do livro (e mais tarde o filme) Comer, Orar e Amar da Liz Gilbert, tinha por destino o restaurante que se situa na casa de Puccini e que serve umas pizzas maravilhosas, mas que naquela segunda-feira de Fevereiro estava fechado.
Ali, naquele Inverno, como seria de esperar, fazia frio e chovia. Por sinal, eu estava cansada pois estava acordada desde madrugada. Além de ter fome, também me queria sentar confortável num local quente e acolhedor. Já era de tarde e nada estava aberto.
Ao contrário de tudo o que desejava, entrei na primeira confeitaria que vi, rogando aos deuses a má sorte. Dirigi-me à sala de almoço, sentei-me e esperei. Nada apressada, uma nona avantajada de peso e idade disse num sorriso largo que já não serviam almoço.
Um minestrone se arranjava e talvez umas bruschettas all alioli e pommodoro para enganar o estômago. Claro, sem outra hipótese, aceitava de coração cheio e barriga vazia!
Quando dei a primeira colherada, fiquei maravilhada! Lamentavelmente, é uma pena que não saiba traduzir em palavras o aroma que fumegava daquela taça. Pois vos digo, foi um caso de amor! Inesperadamente, acabei a sentir cada pedaço do meu corpo a aquecer e a sentir aquela sensação que me tomou ao longo de toda a minha estadia por terras de Baco. Aquele caldo rico em sabores e sentimentos foi a melhor e mais inesperada chegada que podia ter tido em Itália!
Em Florença, ver o David de Miguel Angelo, tornou-se no momento mais gratificante que tive com a beleza da arte. Foi para mim um momento de sublime sensibilidade!
Sem prever, a emoção tomou conta de mim. Sem pressa, deixei-me estar a absorver aquele momento. Encantada, ali percebi o conceito de beleza que se definiu na genialidade de quem cria o perfeito!
Numa das muitas idas ao Alentejo, há uns anos atrás, estava grávida do meu filho António, chovia a potes, e parava na Serra de Ossa, entre Estremoz e o Redondo, para visitar uma tasca recomendada por amigos.
O Chana do Bernardino era uma pequena sala de repasto, com uma pequena equipa familiar composta pelo sr. Bernardino, a mulher, a cunhada, o filho e a nora.
Naquele domingo, ao meio dia, ninguém ainda tinha vindo almoçar, e fugindo da chuva entramos com o meu compadre à bofetada à filha mais velha que queria entrar com o guarda chuva aberto enrolando-se nas fitas de borracha colorida que dificultaram a façanha!
Já com todos dentro, abrigados, e numa algazarra pegada, atrás do balcão, de rodilha na mão, estava a família de olhos esbugalhados, em silêncio e espanto, a apreciar aquela cena surreal.
Sem esmorecerem, anunciaram que não havia luz, mas com jeitinho e uma boca de campingaz, mais umas velas, tudo se haveria de arranjar. E arranjou …
Uma década se passou, e todos os anos lá regresso, às vezes mais do que uma vez ao ano, a lengalenga do sr. Bernardino já a conheço de cor e todos os pratos anunciados num dia sem electricidade são os mesmos que se servem hoje, em nova casa, novas instalações, mas com o saber de sempre!
Mas nem sempre precisei de sair da minha cidade, do meu amado Porto, para ter a situação mais surpreendente quanto agradável
Ao acaso, num domingo de sol, início da tarde, roupa e calçado confortáveis, pés ao caminho, na companhia de amigos de sempre, seguimos pelo passeio das Fontaínhas, descemos aos Guindais e o descanso foi na Ribeira do Porto.
Felizes e afogueados, paramos num tasco na descida para o cais, pedimos azeitonas curtidas, pataniscas de bacalhau e copos de vinho branco e rimos alto a tarde toda brindando à amizade!
E com isto, nos diversos e inesperados momentos da minha vida, soube que o mais importante é recebe-los e aproveita-los! Sem planear!
#2 – Planear com tempo (quase) tudo fica mais barato. Organizem-se!
Já ouviram falar do TripAdvisor, Booking, do Edreams, do Momondo, do Trivago e muitos outros sites que reúnem quase tudo o que é necessário para planear uma viagem. Quase porque personalizar uma viagem é muito mais que ter o trabalho, exaustivo e cansativo, de procurar o melhor hotel ou voo ao menor preço!
Vamos por partes, neste sites de busca orientada torna-se de mais fácil acesso, recorrendo a filtros específicos, encontrar o tipo de hotel desejado, com a melhor oferta, sabendo desde logo a disponibilidade das datas, e podendo comparar com outros semelhantes. Também é possível saber a melhor companhia aérea ou de aluguer de carros ou de comboios para chegar mais rápido e mais barato ao nosso destino.
E é aqui que o tempo está a nosso favor … reservar passagens aéreas com alguns meses de antecedência, ou mesmo lugares de comboio, pode nos fazer economizar centenas de euros; reservar bilhetes conjunto de vários museus também evitará filas aborrecidas e cansativas e pouparemos para o lanche nos agradáveis salões de chá que quase todos os espaços culturais têm.
Para quem como eu, que adoro pesquisar, aprofundar, estudar, criar soluções hipotéticas, marcar, telefonar, enfim … organizar e planear uma viagem é uma das etapas que mais gozo me dá!
Já em relação a hotéis a situação não é idêntica. Primeiro porque depende da época pretendida para efectuar a nossa reserva, segundo porque diariamente há certas promoções que podem atingir 40% de desconto e terceiro porque em certos casos reservar directamente pode-nos revelar boas surpresas.
Depois ainda há formas de hospedagem alternativa como o Airbnb ou o Homeaway, entre outros, que apresentam casas/apartamentos, quartos partilhados ou privativos e que se pode revelar uma boa opção, principalmente para estadias mais longas, em família ou em grupo.
Por fim, com alguma reserva, há os hostels que normalmente são quartos partilhados em camaratas femininas, masculinas ou mistas, onde se convive com todos os hóspedes e que permitem um contacto mais directo com possíveis novas amizades.
Situações de couchsurfing, uma rede social que faz a ponte entre turistas que querem hospedagem grátis durante uma viagem e pessoas que gostariam de receber esses visitantes, não cabem no meu conceito actual de viagem … quem sabe um dia, porque dizer nunca irei não existe e que sempre irei é um exagero redondo!
Nestas marcações pode-se resolver à partida duas das questões principais numa viagem: como ir e onde ficar, mas não oferece garantia de nada mais pois o melhor de uma partida acontece depois de se lá chegar!
#3- Viajar sozinho é a melhor experiência que nos podemos permitir. Atrevam-se!
1. Você nunca estará de facto sozinho
Sempre existirão outras pessoas que também viajam sozinhas. Você irá encontrar um mundo inteiro cheio de gente buscando uma oportunidade de fazer algum passeio junto, sair para tomar um aperitivo ou jogar um bilhar. O verdadeiro desafio será encontrar um momento que você, de facto, consiga ficar sozinho.
2. Você irá descobrir lugares incríveis que poderiam ter passado despercebidos
Isso irá acontecer em diversas situações enquanto você estiver explorando uma nova cidade: desde tropeçar em um restaurante super bom astral, que serve o melhor taco da cidade e é barato, até aquele caminho que te leva para o alto da montanha, um pouco antes do sol se pôr. Coisas que talvez em uma conversa distraída, passariam ao lado.
3. Você terá mais liberdade
Você quer estender sua estadia em um lugar que você amou e ficar menos tempo no próximo destino? Ou então, pegar o quarto mais caro do hotel sem que alguém questione o motivo? Não há absolutamente nada nem ninguém que te impeça de fazer isso. Você poderá fazer o que bem entender e na hora que bem entender.
4. Esqueça aquela conversa “mas não é perigoso?”
Existe uma falsa crença que viajar sozinho é terrivelmente perigoso, A verdade é que quando estamos sozinhos, ficamos mais atentos a tudo. Você irá evitar andar sozinho durante a noite e não irá se arriscar por qualquer coisa.
5. Você irá se tornar mais independente
Sem ninguém para segurar a sua mão ao atravessar a rua, você se tornará um pessoa mais independente – aprenderá a se virar nas mais diversas situações, como organizar o roteiro e hotéis do próximo destino, se comunicar em outros idiomas ou saber como usar o seu dinheiro. Você vai perceber que será capaz de fazer coisas que jamais havia imaginado fazer.
6. Você irá fazer contatos ao redor do mundo
Às vezes, viajar com amigos te impede de fazer novos amigos. Mas viajar sozinho, te coloca no caminho de pessoas do bem, esteja onde estiver. Então, faça amigos, troque contatos, e talvez você até seja convidado para umas férias em algum canto do mundo.
7. Você terá a chance de refletir mais
Com tantas coisas ao seu redor que poderão abrir os seus olhos, você provavelmente terá mais tempo para trabalhar melhor aqueles pontos sobre sua vida que você acabava por esquecer. Pode ser que você descubra uma nova paixão ou até mesmo encontre o seu verdadeiro propósito de vida.
8. Você irá aprender a dar mais valor às coisas simples
É só quando estamos em casa, num banheiro limpo, dormindo no melhor travesseiro do mundo, rodeado de amigos e familiares e comendo o prato que mais gostamos preparado pelas nossas mães, que conseguiremos perceber quantas coisas boas nos rodeiam.
Após uma viagem sozinho, você provavelmente irá querer doar boa parte das suas coisas, pois você saberá exatamente quanto um simples objeto pode ser útil a alguém. Depois de tantas vezes que você foi surpreendido com atos de gentileza vindos de estranhos durante sua viagem, você irá enxergar que ser gentil com as pessoas, é uma das melhores qualidades que um ser humano pode ter.
A opinião e experiência de Amanda Barbosa porque nisto ainda sou uma novata … e sim, as fotografias vão ser quase todas mais uma selfie!
#4 – Planear a confiança! Quem confia, é confiável … e por aí vai toda a amizade que se fizer vinda do nada. Confiem!
Eu acredito no Ser Humano… Ponto. No conforto de um olhar, num abraço honesto, numa risada partilhada. E nas minhas viagens, longe da ambição de criar amizades para a vida, fico-me pela humildade dos momentos. E esses quero-os vividos intensos e eternos, ali, enquanto duram (a inspiração tem dono e todos o conhecem!).
Mas antes de partir, há aquele primeiro passo do planeamento que nos obriga a muita pesquisa. E hoje, o mundo da internet é um universo sem limites, onde o conhecimento flui de forma gratuita e imediata, onde encontrei inspiração, organização e gente confiável!
Eu utilizo a internet para ver o que não vi, para ouvir o que não ouvi, para ler o que não li … a internet é o meu regresso ao passado que se faz presente e me inspira, me faz feliz e me motiva a concretizar os meus sonhos! Porque a internet um dia foi um sonho impossível e hoje é a minha, a tua, a nossa realidade. E eu confio na internet, não cegamente, claro … mas nada do que sou (somos) seria da maneira que é sem esta rede que nos apanhou!
Na internet, virtualmente, conheci pessoas que estimo … que me abrem horizontes, que ensinam as suas experiências, que me permitem viajar sem sair do sofá … e hoje o virtual sai do lado de lá do computador, como outras vezes com o Filipe Morato Gomes do Alma de Viajante ou com a fotografa Isabel Saldanha, e leva-me a confiar na empatia de quem se cruza no meu caminho … vou passear com a Joana Batista do Viajar em Família.
A vida tem me provado que confiar é sempre a melhor estratégia, e mesmo com prova em contrário, respirar fundo, renovar a esperança e de novo confiar!
#5 – Planear a Viagem com segurança e prevenindo o imprevisto
O seguro morreu de velho, e entre os imprevistos de não ter seguro não conta o inesperado próprio de quem parte para o desconhecido. Precaver é a melhor atitude e o melhor investimento.
Quinze dias antes de partir, assim que as borboletas começaram a fazer festas diárias e prolongadas na minha barriga, lembrei-me de um conselho unânime em todos os blogues que li: viajar com seguro sempre!
Liguei ao Filipe que me aconselhou a World Nomads, uma companhia de seguros com grande experiência em viagens e viajantes. Subscrevi um seguro de viagens desde 25 de outubro até 30 de novembro, com uma cobertura abrangente de assistência médica e odontológica, seguro de bagagem, cancelamento de viagem, assistência jurídica, repatriação, seguro de vida e até (pasme-se) a cobertura de algum contratempo com o nossa família que nos obrigue a regressar de imediato.
Não foi barato … numa viagem soma-se parcelas a toda a hora por isso qualquer valor tem de ser ponderado … neste caso, tratava-se de um gasto inteligente.
#6 – Planear a Viagem sabendo o que queremos da viagem
Acho importante saber o tipo de viajante que somos …eu, de forma honesta, sei que não sou mochileira, nem campista, nem motoqueira … mas adoro uma tasca de bancos corridos, umas tapas para trincar e um velho ancião para conversar … não me defino em tipos, tento apenas fazer o que gosto.
A simplicidade das palavras, dos lugares, dos momentos, a pureza dos sabores, dos aromas, dos valores preenchem-me e acrescentam-me em cada detalhe. Mas os artifícios e a sofisticação também me agradam, funcionam como uma cortina de fogo daquelas que ardem ao bater das doze badaladas. Duram pouco tempo, mas fascinam e por isso são tão especiais! Ter o privilégio de partilhar a vida, a sabedoria e a humildade das gentes é antes de tudo uma necessidade.
Depois a observação do mundo que me rodeia é o que mais gosto de fazer … não ambiciono colecionar visitas a museus, à excepção dos que para mim são obrigatórios, não me satisfaz perder o meu tempo a fotografar incessantemente com medo de perder pitada, quando tudo o que quero é sentir, é gravar no olhar o que vejo, é imaginar as vidas por trás das paredes das casas de janelas abertas, dos rostos sorridentes sentados na relva do jardim.
E ainda assim, cabe em mim o belo, o sofisticado, o raro, o luxuoso até o opulento … é assim que sou … de extremos!
Por isso não deixo de ir ao Copacabana Palace se no Rio de Janeiro estiver! Conheçam-se!
Para mim, o importante é sermos felizes nestes momentos que se tornam únicos, naquela hora, naquele contexto. Não ambiciono ver tudo, sequer ter tudo, não preciso de estar em todos os pontos sugeridos … aposto na identificação dos meus objectivos, dos meus sonhos e sobretudo na minha intuição, quando me deixo levar pelo inesperado.
E não me engano, sou feliz na pensão do Café Alentejano em Estremoz tanto quanto na suite D. Maria do Pestana Palace, ou almoçar na praia dos Moinhos na Apúlia
ou perder-me num beco de Sevilha,
a comer uma sandes no Guedes ou a jantar no Pedro Lemos, renomado estrela Michelin, ambos no Porto, pois sei que em cada viagem, e tantas formas de viajar existem, aprendo e cresço com o de melhor que ela tem para me dar.
#7 – Planear o que fazer: optar e não deixar para um dia
Numa viagem vai haver momentos em que tem de escolher. Optar e Fazer sem Adiar está na ordem do planeamento. A ideia que um dia voltará e fará não existe!
Orçamento ( optar) versus Prioridades (fazer), quer isto dizer, convém saber quanto se vai gastar, mas principalmente onde se vai fazê-lo. Uma refeição de 5€ pode estar de bom tamanho, assim como um salto de parapente de 120€ ser obrigatório. Optem, mas façam!
No meu caso, a primeira grande extravagância começou quando decidi chegar ao Brasil de navio. Incrivelmente, nove dias, de sol e alegria, numa cabine exclusiva, com um serviço de excelência só custou cerca de seiscentos euros. E, ainda tive direito a uma massagem exfoliante maravilhosa e uma manicure oriental ultra relaxante
Não há resort algum no mundo que ofereça tanto e tão bom, por tão pouco! Optar e Fazer!
Já quando estava no Brasil, visitei a Casa Museu Jorge Amado, o meu xodô em Salvador, custou apenas três reais. A ideia de ficar à porta, limitando-me a tirar a fotografia da praxe no Pelourinho, sem entrar era impensável. Assim como noutros lugares incríveis e de entrada obrigatória. Não me ocorre não ir. Quem não vai não sabe o que perde! Optar e Fazer!
Na questão da alimentação, as escolhas variam muito. Depende dos gostos e das intenções. Por exemplo, simples comida de boteco assim como uma água de coco para refrescar é muito acessível! Há sempre mais barato, mas não é tão genuíno.
Depois na minha escolha valorizo sempre a decoração ou a vista, no caso no Boteco do Ulisses surge a da Baia de Todos os Santos como presente! E isso é impagável! Optar e Fazer!
O ex-libris … brunch de domingo, na piscina do Copacabana Palace, onde hóspedes e cariocas se cruzam e desfrutam de uma tarde de requinte e tranquilidade … excelência de produtos, de cozinha, de serviço e de espumante … uma experiência a não perder por cinquenta euros!
Voar nos céus do Rio de Janeiro com o Renato da Estilo Voo Livre é a certeza de se ficar a saber porque os passarinhos cantam e são tão felizes … é barato?
Não, mas é obrigatório … cento e vinte euros com seguro, video e fotografias incluídas. Optar e Fazer!
Claro que passear por Ipanema é um clássico, mas ter um pagode improvisado com samba no pé … ah, isso é muita sorte! E gratuito! Foi só na simpatia e no sorriso …
E depois dizem que Deus é brasileiro e quem pode duvidar … O pôr do sol no Arpoador com o Morro dos Dois Irmãos ao fundo … é beleza demais! E a natureza ainda é de todos sem custar um cêntimo …
Quem aprecia a vida, sabe que comer e beber são dois dos pilares que não se deixam ao acaso … bom vinho, em bons restaurantes, pode aumentar a conta em trinta a quarenta por cento … então quem gosta, leva na mala! Pagar taxa de rolha é bem mais económico e o prazer é garantido!
E depois rir, sorrir e aproveitar ao máximo … subir de Bondinho até Santa Teresa é bom, bonito e gratuito!
São alguns apontamentos da viagem recente que fiz … teve muito mais … nem sempre a somar despesa mas com a garantia de somar à vida! Optar e Fazer!
#8 – Planear a Viagem sem pressas
A pressa é inimiga da boa experiência. Menos correria e mais tempo para conhecer e desfrutar ou simplesmente não fazer nada. Relaxa!
#9 – Sê tu mesmo, sempre! Ser turista (cafona) ou Viajante (cheio de pinta)? Os dois, é claro!
Quanto mais deslumbrado, mais turista. Quanto mais observador, mais viajante.
Quero só ver a cara de todo aquele que sobe pela primeira vez ao Cristo Rei, no Rio de Janeiro, e não ser o mais turista que existe com tamanha beleza?
Ouvi dizer que ser viajante é um chamamento que nasce no nosso interior e que não nos larga. Acredito!
Eu não sou uma viajante … preciso das minhas coisas (ainda … mas estou a aprender a largar), preciso de uma cama com lençóis lavados e uma vista a perder alcance, preciso de comer quando tenho vontade e de beber o vinho certo, preciso de me perder num museu, preciso de me encontrar num banco de jardim … é, ainda me falta muito para esse espirito solto e livre que parte sem olhar para trás!
Ou não.
#10 – Por fim, de novo, depois de planear, partir! Até porque 10 dicas já está de bom tamanho!
Falamos sobre planear. Seguros, planos, enfim! Tudo o que se precisa para planear uma viagem!
Mas, talvez, as três questões existencialistas que martelam a cabeça de todo o inquieto que quer partir sejam outras. Planear é obrigatório. Mas para alem de todos os planos, talvez não estejam planeadas as questões onde ir, quando ir e com quem ir.
No fim, só nos resta partir e ir!
Hoje, seis meses após o inicio desta aventura, parto para trabalhar naquilo que era um sonho tornado realidade.
A vida mostra-me o meu caminho e o meu caminho é ir!
Helena
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