Estávamos em Março, no início ainda, por isso inverno, mas o sol fez questão de nos brindar todos os dias, embora fizesse frio e ventasse. Com sol tudo parece mais feliz! E tínhamos o Mediterrâneo aos pés de Barcelona!
Era o último dia, decidimos descer à Barceloneta para tomarmos um brunch, com o mediterrâneo aos pés de barcelona!
Escolhemos o Brunch and Cakes By the Sea porque tinha uma agradável esplanada e mesas com pratos de dar água na boca. E acertamos!
Todos se renderam às delicias que nos serviram.
Ovos mexidos com boletos e bagel turco recheado de requeijão e rúcula. Ou baguette recheada de mousse de abacate e frango desfiado salteado de pimentos e flores a acompanhar com nachos. Também uma super sanduíche recheada de queijo brie e frango desfiado com cebola caramelizada e morangos grelhados.
Acreditem, tudo de comer e chorar por mais, com cheirinho a maresia da praia ali tão perto!
Começo a sentir-me feliz onde quer que o mar esteja. E, se por acaso, estiver com eles, os meus filhos, é perfeito! E, eles, os meus filhos também.
O mar está em nós. O mediterrâneo arrebata-nos. A sua beleza atrevida como que a desafiar qualquer estação, sempre senhor de uma calidez morna, que o torna apetecível, fa-lo conquistar o nosso olhar.
Mas vistas bem as coisas, não é apenas o mediterrâneo que me conquista e seduz.
No Porto, no Rio, em Veneza ou em Barcelona, cidades marítimas, que me encantam, me apaixonam, me fazem saber ser de lá. São as mais belas cidades do mundo!
Entendo-as pela sensação que me dão, de ser um pouco de todo o lado onde o mar chegue e como um marinheiro sem porto, não ser de lado algum. Concluo que me estou a encontrar cada vez que parto e isso faz-me ser de mim mesma.
A promenade de Barcelona é um passeio alegre e jovial de quem tem tempo. De quem sabe, de quem não tem pressa. De quem recebe o calor do sol e a brisa do mar.
Em silêncio, caminhávamos lado a lado, sem serem precisas palavras que nos respondessem às dúvidas (que as há sempre!) certos de que as certezas chegariam em breve.
O horizonte, reflexo no mar prateado, recortava as sombras dando-nos a ideia de onde estávamos. E aonde queríamos voltar.
Haveremos de caminhar sob a areia dourada escaldante e mergulhar no mar turquesa quente tal como no verão por aqui se apresenta a natureza.
E, a sonhar com o estio, que ainda está longe, nos despedimos. Por fim, as malas estão prontas. De certo vão cheias de recordações e lembranças, partimos dentro de horas de regresso.
Mas voltaríamos …
Porque eu defendo que devemos sempre voltar onde fomos felizes!
Helena