Acabei de chegar a Barcelona! Eu gosto desta cidade. Eu gosto de Espanha. Eu gosto da mistura das gente desta cidade. Primeira vez que cá vim foi em 2004. Cheguei primeiro a Madrid que já conhecia. E, depois, a Barcelona, a primeira vez ninguém esquece.
Eu gosto da cultura que desponta em cada canto excêntrica, assertiva, questionando. Eu gosto da Sagrada Família, e do que ela representa, um povo que leva tudo à sua frente e que não desiste e que se reinventa.
É, em Barcelona, a primeira vez ninguém esquece
Eu gosto também do calor e do azul do mediterrâneo.
Barcelona faz-me lembrar o Porto (já sei, é um lugar comum!) … mas eu como tripeira, como nortenha, acho que nos identificamos. Nós, os do Porto e eles, os da Catalunha.
Mas aqui, onde estou presa no tempo, de há doze anos atrás, eu estava em Madrid.
Foi uma longa viagem de carro desde o Porto – Madrid – Barcelona – Foz Côa – Porto.
Como se vê era tão, mas tão magrinha, como era novinha e era muito mais menina, que a menina que ainda hoje sou. Acho que reservava em mim também uma tristeza romântica que se foi desvanecendo com o tempo.
Mas sorria de sorriso aberto (e chorava também na mesma proporção) mais ainda com o Duffy Duck a abraçar-me … estávamos no Warner Brothers Park, onde o meu querido Francisco, tão pequenino, sonhou ao vivo e a cores com os seus heróis de banda desenhada.
Era (e é) um menino muito feliz. Tranquilo. Sereno. E curioso, muito curioso. Tudo ele observava e absorvia.
Penso que isso foi fazendo dele o que é hoje e que me enche de orgulho.
Companheiro de viagem, fomos a Casablanca só para ter a certeza de que no fim “We always have Paris!” e que a vida continua o seu percurso sem satisfações, nem paragens.
Caminhámos lado a lado por entre este mundo de fantasia, colorindo os dias, os sonhos, os desenhos, a imaginação. A minha e a dele.
E chegamos a Barcelona, onde o verão nos recebeu de braços abertos com muito calor e muita humidade.
De olhos abertos, crescíamos a apreciar Miró. A compreender a Espanha através do Pueblo Español onde a arquitectura aliada às tradições nos transmite parte desta essência de quem gosta de si e da vida. Deliramos no Park Guell com a loucura de Gaudi e juntos sorriamos para a vida boa da vida das férias.
No ar, dos céus, vimos lá em baixo e ao longe o Parc Montjuic e percebemos importância do ar livre numa cidade azul de gente colorida.
E, no fim, nadámos no doce esmeralda mar do mediterrâneo. E seguros da nossa felicidade mergulhávamos com a certeza de sempre vir à tona!
Acabei de chegar a Barcelona.
Eu que cresci, que já não sou tão novinha, nem tão magrinha, e no entanto, sou muito mais feliz!
mh
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