O Pôr do Sol na Pedra do Arpoador

O Rio de Janeiro pode ser um cliché! E, é! E um dos mais belos e obrigatórios é o Pôr do Sol na Pedra do Arpoador!

O Pôr do Sol na Pedra do Arpoador

Cheguei à Avenida Vieira Souto, em pleno coração de Ipanema, a minha praia, no sentido carioca de ser, sentindo que tinha chegado a casa.

Bem sei, não é difícil sentir-me em casa quando à minha volta há mar, há sol, há natureza!

E, de bónus, gente bonita, feliz com a vida (aquela vida) e de bem com Deus. Aquele que lhes deu toda aquela beleza e alegria. Eu sinto-me mesmo em casa, já o sentia antes de cá vir, agora apenas o confirmei.

IMG_7606

IMG_7621

O Pôr do Sol na Pedra do Arpoador

Caminhei pelo calçadão de pedras tão minhas conhecidas, mesmo que nunca as tivesse, até então, calcado, pisado, desfilado, andado. Aquele calçadão que inspira quem nele passa. Quem nele passa, olhando o mar azul que abraça a areia dourada, praia de tantos corpos deitados, praia de quem goza a vida, mesmo que a vida seja dura – e que dura é por aqui a vida – mas que é dádiva agradecida todos os dias.

Segui até ao Arpoador

Encontrei Tom, o maestro, que com seu violão passava talvez rumo a Ipanema. Ah, Carlos António Jobim, eu agradeço o bem que fez e faz na minha vida, todos os dias, em cada acorde, em cada verso. Sentei-me num quiosque da orla e festejei.

Samba no Arpoador II

Samba no Arpoador I

O Pôr do Sol na Pedra do Arpoador

E assim, como retribuição desse meu reconhecimento, o maestro, quem sabe, enviou-me samba para alegrar ainda mais a minha tarde.

É que eu sou do samba!

E do nada surgiram três pagodeiros de pandeiro, surdo e batuque na mão, que me fizeram bater o pé e soltar gargalhadas, sendo genuinamente tão mais eu.

O Pôr do Sol na Pedra do Arpoador

A tarde estava perfeita! O Sol dourava a água e os eternos veraneantes entravam no mar num ritual diário de quem lava a alma e lá deixa tudo o que é ruim.

Arpoador IV

Arpoador III

Arpoador II

O Pôr do Sol na Pedra do Arpoador

E então, num espectáculo, sem palavras

Sem nada que o descreva, nem fotografias que o imitem, o Sol pediu licença às nuvens que o receberam. O Sol entrou dentro delas, devagar, devagarinho, e tudo à sua volta explodiu numa magia de cores e serenidade inigualáveis, onde quer que ele também se ponha.

E eu, a mais privilegiada de todas as mulheres, pois assim me senti. Eu fechei os olhos e inspirei aquele momento, que de tão único, se repetirá todos os dias, aconteça o que acontecer.

O Pôr do Sol na Pedra do Arpoador

Rendida, percebo porque agradeço a minha vida. É que eu aceito tudo o que vivo e porque me abro a tudo o que virá.

mh

3 thoughts on “O Pôr do Sol na Pedra do Arpoador

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *