De lancha pelo mar dentro

Por mar

Depois de quatro dias esplendidos chegava a hora de mudar para outro ponto de Boipeba, do céu passava ao idílico, ia agora para Moreré.

Por mar II

Mais uma vez tinha poucas opções para escolher, aliás duas apenas: ou ia de tractor ou ia de lancha. Optei pela lancha, que era mais caro, mas muito mais rápido. E ia por mar. Que saudades eu tinha do mar!

Por mar III

O marinheiro que me levou disse que a curta viagem de vinte minutos seria um pouco brava mas segura. Olhei para a calmaria das águas e não entendi o que me dizia.

Por mar IV

Observei os barcos que descansavam, num momento de pausa, e se balançavam ao sabor das correntes.

Por mar V

Achei que não se tinha explicado bem e descansei, aproveitando as vistas das margens e das suas gentes.

Por mar VI

Via de longe as areias que havia calcado e deslumbrava-me com tamanha beleza natural. Com tamanha simplicidade.

Por mar VII

E entrava pelo mar dentro e sentindo a bravura daquelas águas que se revolviam sem que ninguém notasse.

Por mar VIII

O marinheiro, o mais experiente, disseram-me mais tarde, sabia o que estava a fazer, e conduzia conhecendo o caminho de olhos fechados.

Por mar bravo

A lancha galgava, onda após onda, batendo desamparada e fazendo tudo cair à sua volta. Começava a assustar-me. Mas não havia alternativa.

Por mar IX

Eu ria-me, prenuncio de um nervoso miudinho, entregando a minha sorte. Decidida, agarrei-me com força, pronta para a adrenalina daquela viagem.

Por mar X

O sol estava alto, deixava que me queimasse a pele, os salpicos logo de seguida a refrescavam. E neste namoro, de astro e rei, cheguei a Moreré.

mh

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