Aqui em cima está a vista do meu quarto, no Hotel Alizeés Moreré. Chegar cá acima foi uma aventura!
Depois de um gancho largo e redondo para fugir às correntes, entrámos na enseada de Moreré que estava em maré baixa. A lancha parou a cerca de quinhentos metros da praia. E o marinheiro, que já fiz mil esforços para me lembrar do nome, mas a verdade é que não o anotei e a memória é fraca, desceu entrando na água. Molhado até à cintura convidou-nos para descer atrás dele.
Tudo tinha sido muito intenso até aí, nomeadamente a viagem emocionante em maré alta, agora chegar carregada de malas (não é preciso lembrar o quanto me arrependi!!!) e ter de descer ainda no mar, não estava nos meus planos!
Tanta coisa não estava nos meus planos e eu nem sabia!
Disse-me descontraído que as malas levava-as à cabeça (!) e que se quisesse podia despir-me ou molhar-me, que secava rápido, mas teria de ir pela água. Confesso que fiquei incrédula! Não por me ir encharcar toda vestida (entenda-se com pouca roupa) mas por ele levar aquele pes(adel)o em forma de malas à cabeça como se de nada tratasse.
Bastava de mimo! Saltei para a água e percorri os quinhentos metros que levariam à areia para depois caminhar mais uns trezentos num caminho misto de terra, areia, restos de madeira, conchas e algas até ao hotel.
Lá chegada, subida até à recepção. Água fresca para refrescar. E mais subidas até ao bungalow. Por entre o verde frondoso apontamentos de cores vibrantes e lembranças de repousos para quem quer desfrutar de tamanha natureza.
Fiquei nos últimos bungalows, é que para se ter a melhor vista tem que se subir, subir muito, mas compensa.
Aqui está, um mar infinito a perder de vista e a certeza da beleza.
O dia foi longo e longa ia também esta viagem e sentia a obrigação, o dever de aproveitar tudo ao máximo. Iria ficar quieta e e serenar e por estes lados era o tanto que podia e devia.
mh