Esperei a minha vida inteira por esta viagem. Acho até que estava escrita nos misteriosos caminhos do destino ser agora.
A menina que fui virou mulher (menina sempre) e esta transformação só se vive quando se é mulher. Não, não me desiludi. Vivi tudo o que quis.
Apaixonei-me por uma alegria de viver fugaz porque sei (aprendi) que não se é feliz sempre mas que quando vem a felicidade é o sentimento mais alegre que existe.
O amor, esse danado, não combina com o Rio de Janeiro. Lá vive-se com paixão, vive-se o agora, no limbo de quem tem a vida sempre a prémio de um bandido doido, de uma bala certeira.
A sofreguidão dos momentos intensos é carioca. Aqui tudo é o melhor do mundo, como se não houvesse mais mundo, tão ou mais bonito, e mais perfeito e tão cheio de outras gentes. Aqui tudo é um tudo demais e foi isso que eu vivi.
Parto, deixando para sempre o meu coração apaixonado!
mh